terça-feira, 15 de março de 2016

Te Amarei Para Sempre

Oi gente,
Nós começamos o blog em 2010 sem nada muito certo sobre nós dois. Sem saber se ficaríamos juntos, se ficaríamos em Curitiba ou em Criciúma, sem saber o que o futuro nos reservava. Enfim, um resumão para podermos começar a segunda parte das nossas aventuras.

Conhecemo-nos em um sábado de primavera. Um amigo em comum fez uma festa de aniversário na garagem com direito a banda e bebida liberada. Isso faz uns 10 ou 11 anos. Depois daquele dia eu só o via indo trabalhar perto da minha casa. Em 2009 as coisas começaram a não dar mais certo pra mim em Criciúma e resolvi morar com meus pais que já estavam em Curitiba há uns 2 anos. Antes de me mudar eu fiz minha última apresentação (cantava em um coral) na festa das Etnias em Criciúma e eis que encontro o Andrius com a família lá. Nas fotos da apresentação aparece o meu sogro.

Do nada à Curitiba:

Em setembro de 2009 eu me mudei pra Curitiba e como não conhecia ninguém passava o dia todo na internet. Um dia o Andrius postou no Orkut que estava desanimado com a vida e eu respondi dizendo que tinha assistido a um filme naquele mesmo dia que tinha gostado bastante e junto deixei meu MSN. O nome do filme é “Te Amarei Para Sempre”.
Ele me adicionou e foi amor à primeira conversa. Logo de cara eu percebi como apesar do mau momento ele mantinha o bom humor e as piadas. Marcamos de assistir outros filmes juntos pela webcam, conversamos sobre um monte de coisas, fizemos músicas um para o outro e até decidimos o nome dos nossos filhos. Isso tudo em uma semana. Sem nunca termos nos beijado e com um problema um pouco maior: 500km de distância.

Brincávamos que iríamos nos mudar para Apiúna, uma cidade que fica exatamente entre Criciúma e Curitiba. Um dia eu sonhei que andamos até debaixo de uma árvore para nos beijarmos. Nosso encontro aconteceu alguns dias depois. Eu fui para Criciúma com a minha mãe pegar minhas coisas para a mudança e ele foi lá em casa, me ajudou com as coisas e no primeiro momento que ficamos sozinhos ele disse: eu não preciso de uma árvore para te beijar né? E nos beijamos.

Ele me pediu em namoro em dezembro, no dia do aniversário dele, mas eu só aceitei dois dias depois. O plano dele era vir pra Curitiba, morar numa pensão e procurar um emprego. Ele veio perto do Natal. Eu, a mãe e o pai fomos buscá-lo na rodoviária e eu dei pra ele de Natal um jogo de copos de cachaça. Bom, era uma brincadeira, uma maneira de quebrar o gelo com a minha família e parece que funcionou, pois ele foi ficando lá em casa até desistir de pagar a pensão. Para os amigos nós mentimos que eu estava grávida e meu pai tinha obrigado a gente a se casar.

Vida a dois:

Ele arrumou um emprego rápido, em seguida passamos juntos no concurso da Copel e trabalhamos juntos por mais de um ano. Um emprego horrível, do qual contamos muitas histórias aqui, mas que até hoje nos divertimos muito ao falar sobre isso.

No dia 12 de julho de 2012, dia dos namorados, ele foi me buscar na autoescola com flores. Quando eu cheguei em casa ele havia acendido velas por todo o quarto e pediu para que eu desse o play no vídeo que estava na tela do computador. Ele havia pegado uma cena do filme “Te Amarei Para Sempre” e trocado toda a legenda como se fôssemos nós dois conversando. Na cena nós estamos em um restaurante e eu peço uma água com gás (que é o que eu sempre peço). No fim o personagem me dizia pra eu pegar o pacote do meu presente, que era um álbum de fotos nossas que ele havia feito pra mim e na última página havia um envelope e uma etiqueta dizendo que era ali que eu deveria guardar as minhas antigas alianças.
Quando eu olhei pra ele, ele estava ajoelhado na minha frente com uma pequena caixinha preta aberta nas mãos quando disse: Adri, você quer casar comigo?

E eu quis dizer não. Eu queria testar meu livre arbítrio igual a personagem do filme faz, mas minhas lágrimas de emoção empurraram o SIM.

Guardamos um pouco de dinheiro, ele passou em outro concurso e eu resolvi fazer o que eu mais gosto de fazer, que é fotografar. Alugamos um apartamento e começamos os planejamos do casamento. Alguns meses antes do grande dia descobrimos que eu tenho uma doença severa e terei que fazer uma cirurgia, o diagnóstico era certo de que não haveria mais casamento, mas felizmente o médico nos deu a opção de um tratamento para poder adiar a cirurgia. Passamos esses dois anos juntando latinhas de leite e pó e garrafinhas de refri barato para que o dia 15 de novembro de 2014 fosse um típico casamento nosso.



Então guardem as lágrimas para o próximo post: o casamento.