sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

À moda Harry Potter

Por Andrius Luiz

Enfim retorno as postagens, com centenas de histórias para contar, mas não irei contar todas, pois o meu quarto merece atenção especial nesta postagem.


No segundo dia de Curitiba fui visitar a pensão que eu iria morar, só restava um quarto individual e ele era mais barato que qualquer quarto coletivo, é de se estranhar né? Não! Não depois que você vê como é o quarto.

Após subir cinquenta e noves degraus totalizando seis lances de escada, duas delas em perfeito estado, mais duas com as pontas dos degraus quebradas e por último mais dois lances de escada com degraus estreitos de madeiras rangendo chega-se a um corredor com o teto muito baixo e uma portinha de madeira sem fechadura, mas com uma tranca e cadeado. Passando pela porta, eis o quarto.

A primeira impressão que se tem é que você está entrando no quarto do Harry Potter na casa dos seus tios, pelo menos na versão dos livros, quanto ao filme não sei, ainda não assisti nenhum. Não é em baixo da escada como na história, é em cima, mas bem que se eu quisesse colocar ele em baixo de algum desses lances de escada caberia certinho de tão pequeno que é. Quem sabe assim não seria tão quente.

Na primeira vez que passei pela porta achei que eu estava passando em algum portal que me levava para Criciúma, era quente, abafado, sem circulação de ar exatamente como é Criciúma. Só faltava o cheiro de pirita impregnado no ar, mas como todo criciumense nascido e vivido na cidade não senti nada de estranho. Mas não, não tinha me tele-transportado para Criciúma, não existe nenhum lugar em Criciúma que possa faltar tanto espaço.

Outra prova de que eu não estava em Criciúma, é que a televisão pega uns trinta canais abertos, Criciúma é quanto? Seis? Uma televisão no quarto, muito chic! No presídio só os presos com bom comportamento ou que subornam os guardas que tem esse direito, e na pensão eu tive! Trocaria essa televisão por qualquer ventilador, por menor que fosse, até mesmo um que não funcionasse, mas que eu pudesse olha-lo e ter a lembrança do que seria uma brisa, já seria de grande ajuda.

A vida continua, pelo menos não sentirei saudades de Criciúma, e quando eu quiser lembrar que estou morando em Curitiba é só descer os cinquenta e nove degraus e dar de cara com uma belíssima rua no centro da cidade.

2 comentários:

  1. Hoje a temperatura caiu um pouco depois da chuva e com a janela do quarto do Harry Potter aberta deve ter refrescado um pouco. E deve ter molhado os lençois também.

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  2. ah, não é tão mau. Tem até janela. =P

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