sábado, 4 de setembro de 2010
Eu queria entrar, mas perdi a chave.
domingo, 29 de agosto de 2010
Rinha de Coelhos
Por Andrius Luiz
Eu tinha inúmeras coisas importantes para realizar neste fim de semana, agora ele está no fim e não fiz maior parte delas. Tudo bem, fiz outras coisas muito importantes, como assistir vários vídeos engraçados no youtube e alguns programas do “Cala Boca Piangers” . Mas deixamos as coisas importantes de lado e vamos direto a perca de tempo, vamos direto a razão do post:
A característica mais marcante dos Curitibanos é ingenuidade. Isso não se deve ao clima, colonização ou localização, mas sim pela pouco contato que a cidade esteve comigo, estou aqui somente a seis meses, pouco tempo demais para que a população pudesse aprender que a história fantástica que conto nem sempre aconteceu além das fronteiras da minha imaginação. Mas essa história que conto agora é toda sincera.
Uma coisa que os curitibanos que tiveram contato comigo e com a Adrieli aprenderam e nunca mais esquecerão é que Criciúma é uma cidade utópica, quase que perfeita. Tudo de bom que a cidade tem eles sabem de cor, claro que nunca comentamos que Criciúma também tem seus pontos negativos, e que não são poucos. Mas tem um rapaz em especial que sabe que Criciúma não é somente uma cidade perfeita, mas também uma cidade lendária. Este rapaz é o Vagner, rapaz que trabalhou comigo durante quatro meses e carrega consigo a ingenuidade de trezentos curitibanos, mas graças a isso ele já sabe coisas que vocês só saberão agora.
1. Criciúma não tem mendigos nas ruas, pois a prefeitura remunera muito bem os moradores de rua.
2. Em Criciúma também existe dia dos namorados, mas somente os homens ganham presentes, pois é dia dos namorados e não namoradas.
3. O esporte popular da cidade é a rinha de coelhos, e todo ano tem um grande campeonato onde o campeão é o coelho “fofinho” (coelho da foto), meu coelho “esquipe” nunca foi campeão, mas sempre é um dos favoritos. A regra do esporte se resume em: Quem morrer ou perder uma das orelhas primeiro é o perdedor.
4. Dia 6 de Setembro é o dia da pedra moedeira, feriado municipal.
Única história que o Vagner não acreditou foi sobre os tornados corriqueiros que acontecem lá.
Sobre o dia da pedra moedeira contarei em um outro post pois não tenho tempo agora, tenho que procurar no Google o resumo do filme que eu deveria ter assistido hoje, mas graças ao Piangers não pude assistir.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Eu queria ser uma bomba
No meu último post eu fiz um comentário besta sobre as bocas e os ouvidos. E talvez por estar na mesma frase em que eu falo sobre meus amigos pode ter gerado confusão.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Fraqueza
Nos encontramos na entrada do MON e o professor estava atrasado, então resolvemos entrar sozinhos. O primeiro a aceitar o vinho foi o Breno (se a professora Cris descobre ela tira um ponto da gente, porque ela pediu pra cuidarmos bem dele), depois o Javã.
Orlando Azevedo pra lá, fotos pra cá, vinho pra lá e pra cá. Eu, a Mary, o Edu, o Bruno e a namorada dele saímos e fomos ao Shopping comer Bob`s e blá-blá-blá...
Saudades de Criciúma! Gosto tanto dos meus amigos de lá. Gosto tanto do X de lá.
Eu gosto muito dos meus amigos daqui também, mas acho que vai ser difícil eu me acostumar com pessoas de duas bocas e um ouvido só. Mas eu vou conseguir.
Portanto vou atribuir mais uma meta às antigas: comer o X do negocinho lá que a Mary e o Edu dizem ser o melhor da cidade. Como é mesmo o nome do negócinho? Los Angeles? Los Lancheles?
Então as minhas novas metas são:
1: Matar a saudade dos meus amigos.
2: Comer o lanche do Los Hermanos.
3: Chorar menos e engordar mais.
Desculpem a franqueza. Ou a fraqueza.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Eu sempre volto.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Retorno
Por Andrius Luiz
Depois de seis meses afastado, retorno ao blog com grande dificuldade. Mal comecei e as dificuldades começaram, não sei sobre o que vou escrever. Eu queria marcar o meu retorno com um texto muito bem escrito contando algo extraordinário que me aconteceu. Durante esse tempo aconteceram diversas coisas interessantes, mas eu achava que não eram dignas de ser relatado no texto de retorno. Quanto mais o tempo passava, mais o novo tema ganhava responsabilidade.
Enquanto o novo tema ganhava mais responsabilidade acontecia outro fenômeno, minha habilidade escrita decaía, minha ironia perdia o charme e as palavras me faltavam como um.... (me faltou a palavra agora).
Uma atitude teve que ser tomada, não há mais tempo para adiar, é hoje, sem nada de espetacular para relatar, é hoje que tentarei relembrar a senha do blog e colarei esse texto frio. Ficará ele ali, marcando um retorno sem grandes alardes, não sei se alguém além de mim irá ler. Depois que eu reler o texto e achar vários erros de português e não me dar o trabalho de arrumar, será que terei a honra de ter um leitor para descobrir os erros?
Para que não digam que meu texto não houve nenhum conteúdo relevante... Hoje faltei à aula para ficar tocando Los Hermanos e Belchior e para chorar de saudades das pessoas de Criciúma e também do Criciúma. Fazia muito tempo que não tocava, quanto a chorar, é uma rotina para mim, ontem mesmo pratiquei assistindo o filme do E.T. Tocar, chorar e escrever, valeu a pena ter faltado a aula de lógica, me sinto mais vivo! Dormirei mais leve, mas antes disso... Qual é a senha do blog mesmo?
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Yosakoi Soran Street Fest 2
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Pára Eduardo!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Ráu Shengi iong
Foi numa manhã que acordei na casa da Adrieli que a história aconteceu. Levantei cedo do colchão no chão da sala, lavei o rosto, peguei minhas coisas, despedi-me do meu amorzinho que me respondeu com alguns resmungos incompreensivos, disse que também a amava (acho que o resmungo significava um “Eu te amo”) e fui embora.
Eu tinha uma entrevista de emprego pela manhã e dessa vez não queria ficar a manhã inteira de barriga vazia, fui a uma lanchonete cheia de rostos orientais e fui atendido pela única pessoa com um rosto ocidental que perguntou o que eu queria, depois de ler o quadro na parede onde dizia: “x-salada: 2,30” não tive dúvida de que era isso, um x-salada curitibano com pão pequeno e bordas secas, hambúrguer pronto tão pequeno no diâmetro quanto na espessura, uma folha de alface, algumas rodelas de tomate e se eu tivesse sorte viria com uma fatia fina de queijo.
Fiquei frustrado após meu pedido ser recusado, eles não queriam ligar a chapa porque era muito cedo, ainda era um pouco antes das 9h. Tive que me contentar com o “salgado mais refresco: 1,30”.
Saboreando minha coxinha e um copinho plástico com suco de pacotinho vejo um sujeito entrando sozinho, sentando e pedindo um “litrão”. Fiquei curioso, o que será que viria? Um litro de leite? Um litro de café? Mas o que chega foi um litro de Skol acompanhado com um pedido de desculpas:
- Desculpe, mas eu não tinha nenhuma garrafa gelada, elas chegaram quase agora e ainda não deu tempo de gelar.
-Não tem problema, traz um copo com gelo.
Nesse momento já deveria ser 9h da manhã, muito cedo para ligar a chapa, mas não tão cedo para tomar um litro de cerveja com gelo. Com gelo! Isso mesmo, com gelo! Não existe nenhuma hora, em nenhum lugar, sob nenhuma circunstância que se pode tomar cerveja com gelo, mas ele tomou.
- Meu dentista era as 9h, mas fui lá e ele me passou para as 10h, vou ficar sem fazer nada até lá.
Não sei para quem ele disse essa frase, se foi para alguém na lanchonete ou se foi para um espírito maligno que o atormenta e lhe obriga a tomar cerveja com gelo.
Mas foi ao pagar a conta que me aconteceu o fato mais estranho, parei em frente ao caixa e uma mulher me disse:
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong ion
As pessoas ainda dizem que eu tenho problema de dicção, é porque elas não conhecem essa mulher.
- O que?!
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong ion
Será que o espírito maligno da cerveja com gelo que atormentava o pobre homem invadiu o corpo dessa mulher e me lança pragas na língua secreta dos espíritos malignos?
- O que?!
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong ion
Claro! Essa mulher deve ser uma japonesa de verdade que não sabe falar português, dizem que aqui em Curitiba são tantos.
- O que?!
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong íon
Se ela fosse uma japonesa mesmo porque ela teria saído do Japão e vindo para o Brasil? Ora! Lá deve ter celular com GPS, câmera de 15 MP, rádio AM/FM, TV com mais de cem canais em alta definição e muito mais por menos de US$ 10. Então porque ela trocaria isso pelo Brasil?
- O que?
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong ion
A não ser que ela estivesse cansada de tanto assistir desenhos japoneses, eu que moro no Brasil e passa desenhos japonês só de vez em quando já estou cansado.
- O que?!
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong íon
Mas em algum canal em alta definição do seu celular deveria passar Pokémon, eu não me cansaria de assistir Pokémon.
- O que?!
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong íon
A não ser que ela não seja japonesa, mas sim uma chinesa fugindo do governo comunista e ditador porque ela lutava pela independência do Tibet.
- O que?!
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong ion
Deve ser chinesa, mas saber disso não ajuda em nada na comunicação para que eu possa pagar a conta.
- O que?
- Ráu Shengi iong tong ping e pong ing Ang shoin ning foing iong ion
Já sei! vou fazer mímica, mas não vai pegar bem eu fazer mímica das palavras: coxinha de galinha e refresco.
- Deu R$ 1,30! – Disse para a chinesa a mulher ocidental no fundo da lanchonete.
Depois de longos minutos de diálogos produtivo com a atendente chinesa pude ir embora, dei uma olhada para a outra mesa e ainda estava o homem agarrado com seu litrão, nessa altura de tempo os gelos já estavam derretidos enxaguando a cerveja.
Com os pés na rua olhei bem para minha nova amiga, a chinesa, vi no seu olhar todo o sofrimento causado pelo governo chinês e gritei:
- Free Tibet!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Onde vivem os monstros
E por falar em Criciúma, eu quase ia esquecendo. Amanhã no Ventuno Pub vai rolar showzinho, divirtam-se por mim. E em Curitiba amanhã tem CarnaRock e eu vou de CEC, afinal meu timão vem me dando um pouco mais de alegria ultimamente.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Notícias meramente pessoais
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
À moda Harry Potter
Enfim retorno as postagens, com centenas de histórias para contar, mas não irei contar todas, pois o meu quarto merece atenção especial nesta postagem.
No segundo dia de Curitiba fui visitar a pensão que eu iria morar, só restava um quarto individual e ele era mais barato que qualquer quarto coletivo, é de se estranhar né? Não! Não depois que você vê como é o quarto.
Após subir cinquenta e noves degraus totalizando seis lances de escada, duas delas em perfeito estado, mais duas com as pontas dos degraus quebradas e por último mais dois lances de escada com degraus estreitos de madeiras rangendo chega-se a um corredor com o teto muito baixo e uma portinha de madeira sem fechadura, mas com uma tranca e cadeado. Passando pela porta, eis o quarto.
A primeira impressão que se tem é que você está entrando no quarto do Harry Potter na casa dos seus tios, pelo menos na versão dos livros, quanto ao filme não sei, ainda não assisti nenhum. Não é em baixo da escada como na história, é em cima, mas bem que se eu quisesse colocar ele em baixo de algum desses lances de escada caberia certinho de tão pequeno que é. Quem sabe assim não seria tão quente.
Na primeira vez que passei pela porta achei que eu estava passando em algum portal que me levava para Criciúma, era quente, abafado, sem circulação de ar exatamente como é Criciúma. Só faltava o cheiro de pirita impregnado no ar, mas como todo criciumense nascido e vivido na cidade não senti nada de estranho. Mas não, não tinha me tele-transportado para Criciúma, não existe nenhum lugar em Criciúma que possa faltar tanto espaço.
Outra prova de que eu não estava em Criciúma, é que a televisão pega uns trinta canais abertos, Criciúma é quanto? Seis? Uma televisão no quarto, muito chic! No presídio só os presos com bom comportamento ou que subornam os guardas que tem esse direito, e na pensão eu tive! Trocaria essa televisão por qualquer ventilador, por menor que fosse, até mesmo um que não funcionasse, mas que eu pudesse olha-lo e ter a lembrança do que seria uma brisa, já seria de grande ajuda.
A vida continua, pelo menos não sentirei saudades de Criciúma, e quando eu quiser lembrar que estou morando em Curitiba é só descer os cinquenta e nove degraus e dar de cara com uma belíssima rua no centro da cidade.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Resurgimento Súbito. Bem grande.
Ah, enfim Curitiba. Enfim meu notebook. Enfim o blog. Fui pra Criciúma no dia 26 e voltei dia primeiro, por isso essa distância súbita.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Mais Criciúma - Realmente Mais
Quando alguém decide comprar uma casa, sai para olhar os imóveis comete um grande erro se não lança os olhos por cima dos muros para conhecer quem são os seus vizinhos. Criciúma não é o que é, não importando se você acha boa ou ruim, se não fosse cidades como Içara, Urussanga, Siderópolis, Forquilhinha. Até mesmo porque é muito mais rápido e prático sair do centro de Criciúma até o centro de qualquer outra dessas cidade do que moradores de cidade grande irem de um bairro ao outro.
Realmente Rincão não pertence à Criciúma, mas é a praia dos Criciumenses. E bato na mesma tecla novamente: A viagem de Criciúma até Rincão demora meia hora de carro, ou até menos e totalmente isento de pedágios. Quanto tempo um morador do Estreito leva para chegar a uma praia de Florianópolis? E quanto gasta em pedágios para um Curitibano para chegar ao litoral?
Criciúma não tem praia, mas logo ali tem. Criciúma não tem neve, mas logo ali tem. Sem esquecer o privilégio de poder ver um tornado sem precisar sair da varanda de casa.
Criciúma tem muito mais lugares para se divertir além de casa do rock. Ok, não é muito mais, mas sempre tem. Muito menos do que Curitiba que é uma cidade grande, uma capital. Mas é muito mais do que... sei lá, Araranguá.
Criciúma já teve Mc Donald’s, mas quem precisa de Mc Donald’s quando se tem os Xis do Barão, do Galego, do Jorginho, do Paulinho e do Marquinhos? Bob’s mesmo só para tomar um sorvetinho, mas ainda prefiro comprar um sorvete daquelas lanchonetes pequeninas na Nereu Ramos, sair, sentar na praça e ouvir os ceguinhos cantores ou os índios se apresentarem.
Só não queiram assistir o sujeito que promete que vai pular no meio do arco cheio de facas, porque muito antes disso ele vai tentar te vender três pomadas por dez reais que cura: peste bubônica, câncer, pneumonia, raiva, rubéola, tuberculose, anemia, rancor, cisticircose, caxumba, difteria, encefalite, faringite, gripe, leucemia, úlcera, trombose, coqueluche, hipocondria, sífilis, ciúmes, asma, cleptomania, reumatismo, raquitismo, cistites, disritimia, brucelose, febre tifóide, arteriosclerose, miopia, catapora, culpa, cárie, câimbra, lepra, afasia. E o pulso ainda pulsa. O impressionante é que essa pomada é feita de peixe boi da Amazônia. Uma vez pensei em denunciar à sociedade protetora dos animais, mas preferi comprar esperando que a pomada curasse também ejaculação precoce.
Criciúma tem muito mais do que isso, nunca esqueçamos o monumento das Etnias, mais conhecido com os cinco dedos. Todos já subiram no primeiro, alguns no segundo, mas têm alguns como eu que tem o privilégio de ouvir histórias de um vizinho do primo de amigo que conseguiu escalar o terceiro. O cinco dedos é muito mais do que um monumento em homenagem às etnias, é também uma obra que desafia os limites dos homens, tanto na capacidade física, quanto na capacidade de criar mentiras.
Criciúma não é o paraíso, mas está muito longe de ser o inferno. Criciumenses, não cuspam no prato que comeram, se não gostam e querem um maior, simplesmente vão atrás.
Mais Criciúma
É nesse clima de sexo, amor e traição que eu quero escrever (Sexo??).
Muitos criciumenses que leram os posts anteriores vieram me cobrar “Ah! Tu se esqueceste de dizer que em Criciúma blá, blá, blá...”
Preciso acrescentar sobre a nossa praia. Rincão Beach é a praia dos sonhos, o mar é feito de chocolate, você pode comprar 5 picolés a um real e ninguém vai pra praia de Havaianas (eu disse no outro post: somente em praias mais distantes). Em feriado nem o Fashion Week é páreo para o calçadão do Rincão. Todo mundo fala mal, mas é fazer um calorzinho em Criciúma que todo mundo joga as tralhas no carro e corre pra lá pra se entupir de picolé. E se alguém de fora pergunta se Criciúma tem praia a gente diz “Claro que tem! O Rincão.”, mas entre os habitantes o Rincão é a praia da cidade de Içara. Em alta temporada o aluguel é mais caro que no Jurerê Internacional. Em baixa temporada ninguém consegue entrar na praia de tanto buraco e areia na estrada.
Nos sábados até o meio dia todos tem encontro marcado no calçadão. Mesmo que não seja dia de pagamento todos estarão lá, a maioria só pra olhar o movimento, se benzer em frente à igreja matriz e comprar um churros. Depois de fechar o comércio a massa se dirige para a Havan. Dizem que agora tem um boliche lá, deve ser bem mais divertido. E na minha época domingo era dia de Chocolate. Chocolate Sensual, a banda de pagode.
Mas isso tudo é durante os dias letivos, porque no verão quando a temperatura não baixa dos 30 graus vai todo mundo pegar umas ondas. Ou umas minas. Nos fins de semana você tem mais três opções. Nas sextas-feiras você pode ir à Casa do Rock, que não fica em Criciúma e que as mulheres não pagam. Você pode pagar uma Topic, entupir de gente e pagar quatro reais. Ida e volta. Realmente essa é uma cidade muito badalada, existem mil coisas pra fazer durante a semana. Todas no shopping. Você pode ir até a praça de alimentação comer o melhor pastel ou o melhor crepe (mas não pense que vai encontrar Mc Donald’s, Bob’s, Burguer King, SubWay ou qualquer outro fast food que existe em qualquer outro lugar do mundo). Ou você pode ir até o cinema por apenas quatro reais nas quartas-feiras, só que o filme que você vai ver já está na locadora.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Estou traindo?
Estou em um misto de dois sentimentos sobre minha volta à Curitiba, o primeiro é a ansiedade, o segundo é um sentimento de traição, como se eu estivesse traindo Criciúma por preferir nesse momento outra cidade.
Morei em Curitiba há quase quatro anos, durou pouco, por volta de três meses. Estes três meses em Curitiba foram os três meses mais intensos do qual vivi, com a única exceção desses últimos três meses no qual a Adrieli entrou com todas as forças na minha vida. Hoje conto no calendário os dias que faltam para que eu volte a morar na cidade que me proporcionou tanta intensidade de sentimentos, faltam nove dias. Desta vez toda intensidade de uma cidade maior e com mais possibilidades será somada à intensidade desse amor que vivo.
Nove dias, somente nove. É extremamente normal que eu esteja ansioso dessa forma, não é? É perfeitamente compreensivo que na minha mente caiba muito mais pensamentos a respeito de Curitiba do que a de Criciúma, ou não? Mas a culpa insiste em permanecer. Ora! Meus últimos dias aqui e minha mente já está lá, mesmo sabendo que serão tantos dias que viverei lá. Deveria pensar, sentir e escrever somente sobre Criciúma até o dia da minha partida, mas não consigo.
Criciúma, peço desculpas sinceras, falarei sobre ti logo, quando começar a sentir saudades, sentimento inevitável. Será logo, acredito que com mais intensidade no inverno rigoroso de Curitiba. Só irei partir, Criciúma, porque uma de tuas filhas me chamou.
As pedras da Nereu Ramos hoje me fazem lembrar da XV, mas sei que logo será o contrário.
O segundo pesadelo
Se a vizinha se jogou do sétimo andar eu perdi a foto da minha vida, porque peguei no sono e só acordei hoje às 8h chorando. Realmente a minha noite não foi das melhores, depois de ter sonhado que eu estava tetraplégica eu sonhei que meu tio tinha morrido. O tio Mauro. Dizem que quando a gente sonha com a morte de alguém é porque estamos doando um ano da nossa vida pra pessoa. Viu tio, como a sobrinha anoréxica amar tio Mauro?
O caso da vizinha semi-nua
Cá estou às 4h da madrugada dormindo, naturalmente, no meu colchão inflável e sonhando que estava tetraplégica, quando de repente um barulho de copo quebrando me acorda. Levantei instantaneamente para xingar o indivíduo que sentiu sede no meio do meu pesadelo e percebi que sentia meus braços e minhas pernas. Deitei novamente, juntei minhas mãozinhas e agradeci a Deus por aquilo não passar de um pesadelo idiota ocasionado pela falta que a novela das 20h tem feito (desde que começou o BBB a minha televisão só tem conhecido um canal: o Pay Per View). Agradeci também por estar todo mundo dormindo tranquilamente na minha casa. Até mesmo os cachorros estavam nos sonhos mais profundos. Pensei logo que o barulho de copo quebrando vinha da rua e resolvi voltar a dormi. “Mas e se for um fantasma na cozinha?!” É claro que eu não iria levantar pra conferir.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Depois das formalidades
Minhas aventuras por essas terras estão com mais cara de aventura agora. Seria formidável passar o dia todo em frente ao notebook olhando as fotos antigas da cidade antiga com os amigos antigos. Escrever textos melancólicos sobre o passado recente que ainda me causa dores de cabeça e sorrisos bobos. Seria uma forma de passar o tempo bastante aceitável, não fosse ter que dormir no sofá todas as noites, não ter dinheiro para ir ao cinema 3D outra vez e fatalmente: não poder ver meu namorado outra vez.
Dia 26 eu retorno à minha saudosa Criciúma, mas só para uns beijinhos e então migrar para POA no dia 28.
Plano número 1: Matar a saudade dos meus amigos.
Plano número 2: Continuar a faculdade. De preferência na UFPR.
Plano número 3: Arrumar meu celular.
Plano número 4: Passar num concurso público.
Plano número 5: Fazer novos amigos em Curitiba.
Eu acabei de voltar da aula. Estou fazendo cursinho pro concurso da Copel, que será realizado no domingo e que eu não vou prestar .-. Talvez eu apareça por lá pra fotografar as pessoas que chegarem atrasadas e não puderem fazer a prova. Esse é o trabalho do Márcio, professor de informática, que anda estressado porque tem gente que não sabe pra que serve a tecla de atalho F11. Testem!
Adeus no início
“Levanta e te sustenta, mas não pensa que eu fui por não te amar. Quero ver você maior, meu bem, pra que minha vida siga adiante.” Los hermanos.
Olá sou o Andrius, Andrius Luiz, mas também podem me chamar de Leopoldo. Estou desempregado há um dia, larguei meu emprego em Criciúma para poder me aventurar em terras distantes. Também larguei minha faculdade como nossa amiga AdriCaramelo, mas não na quarta fase, não sou louco, larguei na segunda.
E o que eu sou? Além de um aventureiro com uma mochila velha nas costas? Sou um aventureiro cheio de amor e de canções, só não peçam que eu cante no ritmo e tom certos. Por pouco tempo, porque logo, além de ser tudo isso serei também o atendente da Subway ou quem sabe o operador de caixa do Angeloni.
Agora falando mais um pouquinho da nossa cidade, coisas que a AdriCaramelo esqueceu:
Criciúma também é pólo cerâmico, produção de jeans, de redes de supermercados cheios de embaladores e de uso indisplicente de sacolas plásticas. Também é pólo de tempestades e tornados e principalmente pólo de meninas lindas e soberbas, e somente na parte de soberbas que a AdriCaramelo é exceção.
Sentirei saudades de passar a 10 metros em frente às lojas e ser atacado por atendentes maníacas gritando: “O que é pra tsi?”, “O que vai levar hoze?”. Sentirei saudades das estradas esburacadas e das calçadas irregulares, sentirei saudades de ser seguido por todos os seguranças do shopping por estar calçando havaianas e sentirei saudades de ver o meu Tigre perder para o Atlético de Ibirama. Sentirei saudades dessa Criciúma
Primeiro as damas
As formalidades.
Há um ano e meio meus pais e minha irmã-nada-simpática decidiram vir morar em Curitiba. Eu resisti no início, Criciúma é realmente o máximo. Mas há quatro meses estou aqui nessa cidade grande e limpa. Isso me assusta.
Dilema número 1: estou com saudades dos meus amigos.
Dilema número 2: larguei a faculdade de Jornalismo na quarta fase.
Dilema número 3: meu celular não tem cooperado.
Dilema número 4: estou sem emprego.
Dilema número 5: até então fiz pouco amigos. Ok, um só.
Dilema número 6 (e não menos importante): meu namorado mora em Criciúma.